Gestión de la Comunicación / Revista Educomunicando: uma experiência brasileira
Objetivos Geral
Sistematizar e socializar as experiências educomunicativas realizadas pelas Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil;
Objetivos Específicos:
* Produzir e divulgar uma revista online, na qual sejam apresentadas as experiências educomunicativas e os estudos realizados por meio de artigos científicos;
* Fortalecer a cultura comunicacional através da apresentação de novas possibilidades de práticas diferenciadas já realizadas;
* Utilizar as mídias sociais para socializar as experiências realizadas, de modo que os educadores tenham acesso ao material;
* Valorizar as iniciativas de educomunicação já existem nas unidades educativas;
* Suscitar entre os educadores o desenvolvimento de novos projetos na ótica educomunicativa;
Em 2002 o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) assumiu como Linha Orientadora e prática educativa transversal a Educomunicação. Desde então, muitos foram os estudos realizados e os projetos executados nas mais diferentes realidades de suas presenças no Brasil e no mundo.
Em 2010 a Rede Salesiana de Escolas do Brasil, assumiu a Educomunicação como um desafio de toda a Família Salesiana, visto que a missão educativo-evangelizadora necessita fundamentalmente deste diálogo, desta convergência do ponto de vista comunicacional para que seja bem-sucedida.
Os estudos prosseguiram e em 2014, foi lançado o livro “Culturas Juvenis na ótica da Educomunicação”, resultado do estudo e partilha entre as FMA de todo o Brasil. O livro procura olhar para as Culturas Juvenis sob a ótica da Educomunicação e faz isso não apenas com um discurso teórico, mas com propostas práticas de acordo com a pedagogia salesiana.
Este movimento de estudo do grupo proporcionou um revitalizar das práticas educomunicativas, fazendo com que surgissem, ou se tornassem visíveis, vários projetos com diferentes enfoques tanto nas escolas, quanto nas obras sociais das Filhas de Maria Auxiliadora.
O Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora tem como missão, em primeiro lugar, a educação e evangelização da juventude. No Brasil, o carisma salesiano encontra um grande espaço de atuação e um vasto caminho a ser percorrido. Todavia, nos dias de hoje é impossível falar de educação e evangelização sem ter presente a questão comunicacional.
O mundo em que vivemos é altamente marcado pela comunicação e as crianças, adolescentes e jovens, de modo especial, se encontram imersos nesta nova ambiência. Não se trata apenas de viver num tempo de grandes mudanças sociais ou culturais, é antes de tudo uma mudança antropológica, que gera um novo modo de ser, agir e pensar. Isto leva inevitavelmente a repensar a forma de construção das relações interpessoais, a uma reflexão crítica sobre as práticas metodológicas, em suma, a um questionamento sobre a forma como se gere o ecossistema educomunicacional nos ambientes educativos em que se está inserido.
Percebeu-se que nas escolas e obras salesianas muitas práticas já colocadas em ação tinham todas as características de uma experiência educomunicativa, mas não eram ainda sistematizadas ou tratadas como tal. Assim, começou no final de 2014 um processo de sistematização e organização destas experiências, com o objetivo de tornar mais evidente a intencionalidade educomunicativa e ao mesmo tempo profissionalizar e potencializar aquilo que já vinha sendo feito.
Para facilitar este processo foi criada a revista bimestral “Educomunicando”. Ao realizar este trabalho de sistematização, as coordenadoras de Comunicação têm também a possibilidade de avaliar as experiências, olhar de uma forma crítica e contribuir para uma maior profissionalização dos projetos.
A revista Educomunicando foi criada em outubro de 2014, resultado do desejo comum dos membros da Ecosbrasil de iniciar um processo de sistematização das experiências existentes. Para tanto foi utilizado o modelo de sistematização sugerido na ECOSAM- (Equipe de Comunicação Social da América- das FMA). A partir desta ficha (em anexo), cada coordenadora começou o trabalho de tomar conhecimento das experiências existentes em sua Inspetoria, entrando em contato com os coordenadores locais de Comunicação, de Pastoral, com as
direções de escolas e obras sociais. Identificadas as iniciativas, cada coordenadora passava ao trabalho de verificar se já havia alguma forma de sistematização, ou não. Na maioria dos casos não havia, então, em conjunto com as pessoas que levavam a frente os projetos, dava-se início ao processo de sistematização. E neste ponto, se encontra o grande diferencial do projeto, pois ao sistematizar o que vinha sendo feito na prática, os educadores automaticamente passam a tomar consciência da intencionalidade que precisa existir para que a sua prática deixe de ser uma série de ações sequenciadas e passe a ser de fato, a ser um projeto educomunicativo.
A metodologia utilizada para realizar a sistematização é, portanto, dialógica, analítica e parte da realidade de cada unidade educativa. Parte do pressuposto que a Coordenadora Inspetorial de Comunicação desenvolve ou passa a desenvolver um acompanhamento, oferecendo elementos para que os educadores se percebam como educadomunicadores e possam olhar de forma crítica o trabalho realizado.
Para dar suporte a este processo de sistematização de experiências, outras iniciativas em nível local, inspetoria e nacional também foram postas em prática, especialmente no que se refere à formação. Em nível local e Inspetorial, se propôs o estudo do livro Culturas Juvenis na ótica da Educomunicação, o que se deu por meio de encontros formativos, seminários, leitura e grupos de estudo entre outras atividades. Em nível nacional, a Rede Salesiana Brasil- Comunicação ofereceu no ano de 2016 o Curso de Educomunicação, sendo de curta duração com 20h e de forma online. Estas e outras iniciativas procuram oferecer aos educadores a oportunidade de aprofundar esta nova área do conhecimento.
Para poder construir a revista a equipe de Coordenadoras Inspetoriais cultivam uma relação de entre ajuda, de sinergia no sentido de colaboração mútua para que o resultado seja o melhor possível. As partilhas realizadas nos encontros nacionais são importantes para alinhar o estilo de trabalho e também descobrir novas possibilidades de ação umas com as outras. As dificuldades também são partilhadas e no diálogo novas propostas acabam surgindo. É um trabalho de equipe, abraçado por todas e que revela o desejo comum de criar ecossistemas comunicativos ricos de vida e de protagonismo.
Finalmente para dar visibilidade a este processo, de acordo com um cronograma em nível de Brasil, as experiências são recolhidas e apresentadas na revista Educomunicando, que circula nacionalmente por meio e-mails, redes sociais, em especial o facebook e da plataforma ISSUU.
O movimento criado pelo processo de sistematização e divulgação das experiências educomunicativas gerou grande interesse dos educadores em relação ao tema “Educomunicação”. Geralmente quando se apresentava esta área de atuação, os educadores tinham muita dificuldade de compreender como ela poderia ser colocada em prática. Soava como algo distante, ou então, parecia que tudo o que se fazia já era Educomunicação. Ao se de pararem com experiências concretas, foi possível perceber que nem tudo que se faz é Educomunicação, que existe uma metodologia, uma didática, um processo que precisa ser pensado e consolidado. Mas ao mesmo, tempo os educadores puderam perceber, que ela se dá
de forma concreta, com projetos que precisam ser pensados e geridos com intencionalidade educomunicativa.
A criação da revista permitiu que além de ter um espaço para a socialização das práticas educomunicativas, também fosse disponibilizado um espaço para a publicação de artigos produzidos pelas Salesianas referentes ao assunto, estimulando assim, a continuidade das pesquisas e dos estudos relativos à Educomunicação.
É difícil precisar um número médio de alcance da revista, visto que ela é divulgada, de diversas formas, em algumas unidades por exemplo, a coordenadora recebe a revista online e imprime para divulgar entre os educadores. Mas é possível dizer que ela deve chegar a quase todas as escolas e obras sociais das Filhas de Maria Auxiliadora do Brasil e divulgada também por outros grupos que trabalham em linha educomunicativa como a Associação Brasileira de Educomunicação- AbpEducom.
As ressonâncias são muito positivas entre os educadores e sempre que as experiências são divulgadas, as pessoas envolvidas ficam muito motivadas para continuar e qualificar ainda mais os seus trabalhos.
https://issuu.com/marciakoffermann/docs/ecosbrasil_educomunicando_n.8
https://issuu.com/marciakoffermann/docs/ecosbrasil_educomunicando_n.7
https://issuu.com/marciakoffermann/docs/ecosbrasil_educomunicando_n.6-alta_
https://issuu.com/marciakoffermann/docs/ecosbrasil_educomunicando_n.5-_alta_1476f9c592dea8